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A Organização das Nações Unidas (ONU) completará 80 anos em um mundo mais complexo, multipolar e conectado. Mas diante de tantos conflitos, crises climáticas e desafios globais, muitos se perguntam: a ONU ainda é relevante em 2025?
Este artigo analisa o papel da entidade no cenário atual, assim como, os principais questionamentos sobre sua atuação e como ela pode se reinventar diante das transformações do século XXI.
O que é a ONU e qual é seu papel original?
Criada em 1945 após a Segunda Guerra Mundial, a ONU surgiu com a missão de promover a paz, a segurança internacional, os direitos humanos e a cooperação entre os países. Atualmente, conta com 193 Estados-membros e atua em diversas frentes: mediação de conflitos, ajuda humanitária, desenvolvimento sustentável, combate à pobreza e mudanças climáticas.
Desafios enfrentados pela ONU em 2025
Em 2025, o contexto geopolítico é desafiador. Há uma fragmentação crescente da ordem internacional, tensões entre grandes potências como EUA, China e Rússia, além de novas formas de conflito (cibernético, informacional e ambiental).
A ONU também enfrenta críticas sobre sua estrutura de governança, especialmente o Conselho de Segurança, onde cinco países (EUA, China, Rússia, França e Reino Unido) têm poder de veto. Esse modelo, herdado do pós-guerra, é frequentemente apontado como obsoleto e pouco representativo das dinâmicas globais atuais.
Além disso, a lentidão nas respostas a crises humanitárias e climáticas levanta dúvidas sobre sua eficácia e agilidade operacional.
Ainda faz sentido manter a ONU?
Apesar das limitações, a ONU ainda desempenha um papel essencial. Organismos como a OMS (Organização Mundial da Saúde), a UNESCO, o ACNUR e o PNUD prestam serviços fundamentais para milhões de pessoas ao redor do mundo.
A ONU também promove importantes tratados internacionais, como o Acordo de Paris, que orienta a ação climática global, e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que guiam políticas públicas e investimentos até 2030.
Assim, em um mundo cada vez mais polarizado, a ONU é um dos poucos fóruns multilaterais ainda ativos, onde países com diferentes interesses podem dialogar, negociar e buscar consensos.
Como a ONU pode se tornar mais relevante?
Para recuperar sua relevância em 2025 e nos anos seguintes, a ONU precisa:
Reformar sua estrutura de governança, ampliando a representatividade no Conselho de Segurança;
Tornar seus processos mais ágeis e eficientes na resposta a crises emergenciais;
Reforçar a atuação local de suas agências, com mais recursos e presença nos países em desenvolvimento;
Investir em temas urgentes como inteligência artificial, bioética, proteção de dados e segurança digital.
Portanto, a comunicação institucional da ONU precisa se atualizar, conectando-se melhor com a sociedade civil, juventudes e novos influenciadores globais.
A ONU em 2025: em transição ou em declínio?
A resposta à pergunta “a ONU ainda é relevante em 2025?” depende da perspectiva. Para quem espera uma entidade com poder executivo global, talvez a frustração seja inevitável. Porém, como plataforma de cooperação internacional, a ONU segue sendo uma peça-chave na arquitetura global.
Sua relevância, portanto, não está apenas no que ela é, mas no que ela pode vir a ser. Reformada, mais inclusiva e moderna, a ONU ainda pode contribuir decisivamente para um mundo mais justo, pacífico e sustentável.
FAQ – Perguntas Frequentes
A ONU tem poder real sobre os países?
Não. A ONU depende da cooperação voluntária dos Estados-membros e não possui força coercitiva direta.
O que é o Conselho de Segurança da ONU?
É o órgão responsável por garantir a paz e segurança internacionais. Tem cinco membros permanentes com poder de veto e dez rotativos.
Qual é o maior desafio da ONU hoje?
Adaptar-se a um mundo multipolar, enfrentando crises globais com rapidez e sem depender do consenso entre grandes potências.
A ONU vai acabar?
Não há sinais de fim da ONU, mas sua relevância dependerá de reformas e da capacidade de se reinventar frente aos novos desafios globais.
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Cara citada da ONU
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