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O que é a COP e por que ela importa?
A Conferência das Partes (COP) é o principal fórum internacional sobre mudanças climáticas, organizado anualmente pela ONU. Ela reúne representantes de quase 200 países com o objetivo de discutir soluções para conter o aquecimento global e mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
A COP mais recente – a COP28, realizada em Dubai – marcou um ponto de inflexão nas negociações ambientais. Pela primeira vez, foi citado nos documentos oficiais a necessidade de “transição para o fim dos combustíveis fósseis”. Esse reconhecimento, aliás, era uma demanda antiga de cientistas e ambientalistas.
Principais decisões da COP mais recente
1. Compromisso com a transição energética
Um dos marcos históricos da COP28 foi o reconhecimento oficial da necessidade de uma transição para energias renováveis. Embora não tenha sido assinado um acordo para eliminação total dos combustíveis fósseis, os países concordaram em acelerar essa transição.
Além disso, ficou estabelecido o aumento de investimentos em fontes como energia solar, eólica e hidrogênio verde.
2. Criação do Fundo para Perdas e Danos
Outra medida importante foi o lançamento do Fundo para Perdas e Danos Climáticos, voltado para países mais vulneráveis. Em outras palavras, esse fundo tem como objetivo ajudar na recuperação de desastres naturais e na adaptação de nações em desenvolvimento.
Portanto, trata-se de uma resposta concreta às consequências já visíveis da crise climática.
3. Redução das emissões de metano
O metano, que é um dos gases mais prejudiciais para o aquecimento global, entrou definitivamente no foco das discussões. Mais de 150 países se comprometeram a reduzir em até 30% as emissões de metano até 2030. Principalmente, essa redução será aplicada no setor agropecuário e nas atividades de extração de petróleo e gás.
Consequentemente, espera-se um impacto positivo já na próxima década.
4. Neutralidade de carbono e metas nacionais
Os países também foram pressionados a revisar seus planos climáticos nacionais (NDCs). Com isso, espera-se que até 2025 todos apresentem metas mais ambiciosas. Assim, as novas estratégias estarão mais alinhadas com o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5°C, conforme previsto no Acordo de Paris.
E o papel do Brasil na COP?
O Brasil teve papel de destaque nas negociações da COP28. Durante o evento, o país se comprometeu a:
Zerar o desmatamento até 2030, principalmente na Amazônia;
Ampliar o uso de energia limpa, que já representa mais de 80% da matriz energética nacional;
Assumir uma postura ativa como articulador entre países do Sul Global.
Portanto, o Brasil demonstrou disposição para liderar uma transição climática justa e inclusiva. Não por acaso, foi um dos países mais mencionados nas análises pós-evento.
Por que essas decisões são importantes?
Essas decisões não garantem, por si só, o cumprimento das metas climáticas. Contudo, elas estabelecem consensos inéditos. Além disso, fortalecem o apoio financeiro aos países que mais sofrem com eventos extremos.
Adicionalmente, o mercado de energia limpa tende a crescer com mais segurança jurídica e previsibilidade. Logo, essas decisões também abrem caminho para novas oportunidades econômicas.
FAQ – Perguntas frequentes
Quais países lideraram os acordos da COP mais recente?
Estados Unidos, União Europeia e Emirados Árabes tiveram forte influência. No entanto, Brasil, Índia e África do Sul também assumiram posições de liderança.
O que é o Fundo de Perdas e Danos?
É um mecanismo financeiro criado para apoiar países vulneráveis. Ou seja, visa financiar a recuperação após desastres naturais causados pelas mudanças climáticas.
A COP tem poder de obrigar os países a cumprir metas?
Não. Na verdade, as decisões da COP têm caráter político e simbólico. Portanto, cabe a cada país transformar os compromissos em políticas públicas efetivas.
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